Guardiã das Criaturas
Ela caminha sem fazer ruído,
mas a terra reconhece seus passos.
Tem olhos que enxergam o instinto,
e mãos que curam sem laços.
Seu manto é feito de folhas e vento,
seus cabelos, de musgo e luar.
Fala a língua dos bichos silvestres,
e sabe ouvir sem precisar falar.
É abrigo para os feridos,
é ninho para os que se perdem.
Onde passa, brota confiança,
e o medo se desfaz em prece.
Tem o coração pulsando em patas,
em asas, em escamas, em ronronar.
É deusa que não exige culto,
mas que todos sabem venerar.
E quando a noite se deita no mundo,
ela acende estrelas no olhar.
Porque amar os animais é sagrado,
e ela veio para lembrar.


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