A Caricia
A carícia sem causa sai dos meus dedos,
sai dos meus dedos ... com o vento, conforme passa,
a carícia que vagueia sem destino ou objeto,
a carícia perdida quem vai pegá-lo?
Eu poderia amar esta noite com infinita misericórdia,
Eu poderia adorar o primeiro a chegar.
Ninguém vem. Eles são apenas os caminhos floridos.
A carícia perdida vai rolar ... rolar ...
Se nos olhos eles te beijarem esta noite, viajante,
se um suspiro doce sacode os galhos,
se uma pequena mão pressiona seus dedos
que te leva e te deixa, que te alcança e te deixa.
Se você não vê aquela mão, nem aquela boca que beija,
se é o ar que tece a ilusão de beijar,
oh, viajante, cujos olhos são como o céu,
No vento derretido, você vai me reconhecer?
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