Poema Gotico

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Me deixaste só e fria
Esquecida em uma memória
Perdida
De que ainda me lembro
Do abandono ao luto
No branco frio do azulejo
Imundo
O limo que me tem por dentro
A sombra que me escorre
Pelo corpo mal iluminado
Desfigurado
Agoniza e se debate noite adentro
Me despiste de sanidade
Mas não escolheste
Bastou a distância?
O sanatório em que me enfiaste
Escolhi-o eu, pois, a insana
E vim morar na tua mente
Para sempre
Inquilina maldita e profana
E só deixarei teus pensamentos
No dia, na hora e no momento
Tic-tac-cardia
Em que te lembres do meu rosto
Que nunca mais
Em tempo algum
O teu inferno reconhecerás... 

António Corvo
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