Poema de Enjaulada Pela Morte

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Hoje gostaria de caminhar,andar sem rumo
Não pensar na vida
Não pensar em nada
Devagar em breves reflexões sem nexo
Por entre lápides, sepulturas
Lindos Mausoléus a luz da lua
Estátuas tristes a me olhar
Como se sentissem toda dor que há no ar
Saudades, medos, lembranças
É tudo que reside nessa última morada
Sentir meus cabelos a esvoaçar
Com o vento a soprar
Seu uivo, mais parece um murmúrio
Lamentos da noite
Neste lugar de descanso
A calmaria me invade
Penetra em minha alma
Me perco nessa imensidão
Leitos, onde jaz a morte
Repouso sobre um túmulo qualquer
Me mantendo em silencio
E a sentir todos os sons
Como a mais linda sinfonia fúnebre
Rogando mais uma vez
Por aqui permanecer e descansar…
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